Produtividade

Tipos de prontuário eletrônico: qual se encaixa melhor em sua clínica?

O prontuário eletrônico é uma das ferramentas digitais que mais impacta a vida de profissionais da medicina, com facilidades que ajudam a reduzir tempo e custos. Saiba quais as regulamentações existentes sobre a área, tipos de prontuário eletrônico, além de vantagens para sua clínica ou consultório.

Equipe Amigo

Criador de conteúdo
4 Oct
24
Atualizado em
4 Oct
24
8 min de leitura

Um dos maiores desafios para o atendimento médico na era da informação é conseguir reunir, organizar e acessar com facilidade dados dos pacientes para a devida análise. A utilização do prontuário eletrônico possibilita aos médicos a visualização rápida das informações para atendimento, tornando os procedimentos mais eficientes. Não à toa, é um dos principais instrumentos da tecnologia digital presente na rotina dos profissionais, desde algumas décadas. 

O que é e para que serve um prontuário eletrônico?

A origem da palavra prontuário está no latim promptuarium, que significa: “local onde deveriam ser guardados os objetos que poderiam ser necessários sem perda de tempo”. Quando a medicina incorporou o termo a sua prática, preservou-lhe a essência, já que o “prontuário médico” reúne dados sobre a saúde de um paciente, contemplando informações do início ao final da vida daquela pessoa. 

Dentro desse agrupamento, pode haver imagens, exames, histórico familiar e outras informações fundamentais para qualquer análise ou tratamento. Além disso, o documento técnico serve como prova legal, se solicitado em algum processo judicial, já que conta com assinatura de algum profissional médico responsável. 

Prontuário Eletrônico

O prontuário eletrônico do paciente (PEP) é um sistema que armazena, agrupa e gerencia dados de uma determinada clínica, concentrando informações sobre os pacientes em uma unidade de saúde. O objetivo principal desta ferramenta é tornar fácil e rápido o acesso, a comunicação e a integração de informações sobre o estado de saúde dos pacientes. Com a praticidade, é possível conferir mais qualidade e eficiência aos atendimentos.

Dentro de um sistema de prontuário eletrônico há os registros de arquivos de modo automático a partir do preenchimento de informações. Os dados permanecem estáticos e salvos em um servidor até que haja alguma alteração nas informações. Na sequência, saiba algumas das principais funções do prontuário eletrônico na rotina de uma clínica:

  • Auxílio na tomada de decisões médicas: ao carregar informações detalhadas sobre o histórico de cada paciente, como diagnósticos, exames, tratamentos anteriores e reações à medicação, o prontuário é essencial para que os profissionais de saúde tomem decisões seguras e personalizadas.
  • Identificação de padrões: a observação contínua de prontuários de pacientes pode ajudar médicos a encontrar padrões e tendências. Esse tipo de percepção é útil para a pesquisa médica, aperfeiçoamento de tratamentos e detecção de possíveis ameaças sanitárias, como surtos e epidemias.
  • Representação legal: dispondo da assinatura de um profissional responsável, os prontuários eletrônicos são documentos de validade legal, que podem ser utilizados como provas em processos judiciais. 
  • Monitoramento dos índices de qualidade da clínica: além da análise do histórico médico de um paciente, o prontuário eletrônico também possibilita a avaliação de qualidade do atendimento fornecido pela clínica ou consultório. Com essa prática, gestores conseguem monitorar dados que revelam o cumprimento de protocolos, adequação ao perfil da clínica e eficácia dos atendimentos.
  • Apoio ao planejamento institucional: a extração dos dados de prontuários pode ser útil para a avaliação de desempenhos mais gerais do negócio, como a identificação de especialidades médicas mais procuradas, identificação de carências de treinamento da equipe de atendimento ou problemas envolvendo o fluxo de pacientes na clínica. 

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Principais vantagens do prontuário eletrônico

A versão em papel foi durante muito tempo a única forma de prontuário disponível. A partir dos anos 60 começaram a surgir os primeiros sistemas de prontuário eletrônico nos Estados Unidos, em um período de ainda pouca popularização dos computadores. Assim, o uso foi iniciado em grandes hospitais parceiros de universidades, como Harvard, por exemplo. 

A partir dos anos 80, o prontuário eletrônico começou a ser mais utilizado, muito em função dos esforços para a informatização da área da saúde. Como um marco dessa evolução, o Institute of Medicine (IOM), órgão norte-americano de estudos sobre a saúde, publicou um relatório em 1991 sugerindo a eliminação de registros de pacientes baseados em papel num período de até dez anos. Com a popularização dos sistemas computacionais e a internet acessível, sobretudo após a virada do milênio, os prontuários eletrônicos se tornaram peças fundamentais para a rotina de médicos e negócios da área.

Apesar de o prontuário de papel ser ainda bastante utilizado, o prontuário eletrônico tem se mostrado uma ferramenta cada vez mais presente. Muito pelas suas facilidades, mas também pelas limitações que o papel apresenta para as demandas dos serviços atuais. Por ser um material frágil, pode desaparecer ou se deteriorar muito facilmente, comprometendo a proteção dos dados e privacidade dos pacientes. 

O papel também impossibilita ou, pelo menos, diminui a capacidade de personalização do prontuário. Esta desvantagem se torna ainda mais determinante porque cada área da medicina pode exigir informações específicas a partir de um modelo próprio. Prontuários de papel também necessitam de uma sala de arquivos para armazenamento. Ou seja, a clínica precisa renunciar a um espaço físico que poderia aumentar a receita do negócio, como um consultório ou uma sala para exames.

Dentre as principais vantagens do prontuário eletrônico, podem-se destacar:

  • Acesso rápido de qualquer local: é possível consultar informações de maneira fácil e rápida por diversos dispositivos, já que o sistema pode ficar hospedado na nuvem. Essa característica torna a ferramenta indispensável em casos de emergência, como um acidente, em que é necessário consultar sobre alergias a alguma medicação, ou histórico de doenças.
  • Centralização de dados: o agrupamento de informações e arquivos diversos, como prontuários antigos, resultados de exames, fotos ou receitas médicas, torna rápida a análise completa do paciente. Isso torna fácil o momento de diagnóstico ou orientação para tratamento.
  • Redução de erros na interpretação: com o uso de um sistema digital, há uma menor probabilidade de erros relacionados à má legibilidade de alguma caligrafia ou informação corrompida no papel. O padrão de registro do digital melhora a assimilação do conteúdo. 
  • Backup e armazenamento: o prontuário eletrônico possibilita o armazenamento de grande volume de dados em servidores com sistemas de segurança robustos, dispensando a necessidade de um espaço físico. Para diminuir o risco de perda de dados, backups podem ser realizados.
  • Melhora no atendimento e produtividade: os prontuários são ferramentas que precisam ser acessadas diariamente. Como a versão eletrônica é armazenada em um sistema médico, suas informações podem ser facilmente encontradas por meio de buscas por consultas, exames, procedimentos ou medicamentos. Naturalmente, a agilidade impacta a produtividade dos profissionais envolvidos nos atendimentos. 

Legislação sobre prontuário eletrônico

A legislação brasileira impõe normas para a utilização, armazenamento e compartilhamento de prontuários eletrônicos no país. Segundo o Conselho Federal de Medicina, o prontuário reúne informações, sinais e imagens registradas de fatos ou situações relativos à saúde do paciente, de caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência prestada. 

A ferramenta é autorizada para guarda, manuseio e troca de informações identificadas de saúde, dispensando o uso do papel. A certificação indica que o prontuário deve garantir a autenticidade, integridade e confidencialidade dos dados por meio de criptografia, assinatura digital e certificação digital.

Em 2018 foi promulgada a Lei do Prontuário Eletrônico no Brasil, que dá maior segurança jurídica ao histórico de saúde em versão digital, além de ser um importante marco da da saúde no país. A normatização do prontuário eletrônico também promoveu o uso de sistemas informatizados mais gerais, com funções e recursos cada vez mais variados e integrados. Uma das regras estabelecidas em lei indica que os arquivos do PEP devem conter certificado digital emitido no âmbito da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), além do Nível de garantia de segurança 2 (NGS2), especificado no Manual de Certificação para Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde. 

A resolução 2.299/2021 do CFM, que permite a emissão de documentos médicos digitais, estipula ainda que prescrição, relatório, solicitação de exame, laudo, atestado e parecer técnico devem contar com as seguintes informações: identificação do médico; registro de qualificação de especialista (RQE); identificação do paciente; data e hora; e assinatura digital do médico.

Tipos de prontuário eletrônico

Apesar de possuir a mesma base de tecnologia, os prontuários eletrônicos podem ser classificados em de três diferentes categorias. A segmentação leva em consideração algumas especificidades de tecnologia e uso.

Prontuário com base de dados locais

Esse tipo de prontuário funciona por meio de um servidor que não necessita de internet. Assim, todas as informações circulam em uma rede local. 

Vantagens

  • Acesso offline;
  • Backups locais de forma manual ou automática;
  • Acesso em caso de queda de energia (quando há gerador ou nobreaks).

Desvantagens

  • Sem backup em nuvem;
  • Custo elevado de manutenção e operação da estrutura;
  • Impossibilidade de acesso remoto;
  • Não acompanha atualizações de recursos do mercado.

Prontuário eletrônico em nuvem

A principal característica desse tipo de prontuário é o armazenamento de dados em uma nuvem, normalmente com certificações de segurança adequadas. 

Vantagens

  • Backup em nuvem;
  • Informações acessíveis remotamente;
  • Facilidade de compartilhamento das informações com outros dispositivos e usuários;
  • Custo baixo de manutenção e atualização de recursos;
  • Desnecessidade de ocupação de espaço físico na clínica;
  • Segurança de dados - protocolo HTTPs, criptografia e conformidade com a LGPD.

Desvantagens

  • Depende da internet para uso.

Prontuário eletrônico híbrido

Esse tipo de prontuário permite a integração da base de dados local ao armazenamento de dados na nuvem. Assim, as informações ficam guardadas em computadores de uma clínica e também em servidores seguros. 

Vantagens

  • Dados com acesso fácil em qualquer dispositivo;
  • Armazenamento seguro e confiável.

Desvantagens

  • Sistema com maior complexidade de tecnologia;
  • Custo de operação e manutenção elevado.

Qual o tipo de prontuário ideal para minha clínica?

O conhecimento sobre as funções e tipos de prontuários é algo fundamental para profissionais de saúde presentemente, considerando que são instrumentos que entregam versatilidade, praticidade e segurança jurídica para quem utiliza. Para quem realiza a gestão de uma clínica, antes da escolha de um modelo de prontuário eletrônico, é indispensável refletir sobre a realidade do negócio. 

Para esse tipo de entendimento, é indispensável reunir informações sobre o tamanho e a quantidade de unidades da clínica, número de profissionais envolvidos, tipos de procedimentos oferecidos e capacidade de investimento. Além disso, cabe analisar critérios relacionados ao tipo de prontuário desejado, como capacidade de personalização, suporte de uma equipe de software especializada, integração com outros recursos digitais, segurança e privacidade de dados, acessibilidade por meio de dispositivos diferentes e custo de aquisição.

Determinar um tipo de prontuário ideal é difícil sem uma profunda análise do negócio. Pois, a melhor alternativa é sempre a que melhor se ajusta às necessidades e ao modelo de negócio da clínica. Consultar empresas especialistas em soluções de tecnologia para a saúde também é um facilitador do processo, já que oferecem informações técnicas adequadas e a testagem dos prontuários.

Explore o prontuário do Amigo

O prontuário do Amigo é totalmente digital e está disponível na nuvem a qualquer momento, garantindo segurança e praticidade para o atendimento médico. Além disso, a ferramenta oferece diversos benefícios que reduzem o tempo e o custo da rotina médica, como:

  • Prontuário personalizável, adaptável às necessidades de diversas especialidades médicas;
  • Base atualizada de medicamentos da Anvisa e da Pharmapele;
  • Visualização rápida do histórico dos pacientes, com filtros que facilitam a leitura durante a evolução;
  • Criação de questionários e envio de mensagens no atendimento e pré-atendimento;
  • Gerenciamento de exames: encaminhamentos, fila, triagem e acompanhamento.

Para médicos oftalmologistas, por exemplo, o prontuário do Amigo otimiza os atendimentos, permitindo o acompanhamento detalhado de todos os procedimentos de exames. Já para dermatologistas e cirurgiões plásticos, a ferramenta facilita a análise clínica com a galeria de imagens, um recurso que permite anexar e comparar imagens ao longo da evolução do paciente.

Com todas essas facilidades e alta capacidade de personalização, o prontuário do Amigo simplifica a rotina de diversas especialidades médicas.

Conclusão

A evolução da tecnologia na área de saúde trouxe ganhos na experiência de pacientes e profissionais ao longo das últimas décadas. Uma das grandes ferramentas desenvolvidas, com recentes marcos legais no Brasil, é o prontuário eletrônico. A popularização trouxe velocidade no atendimento médico, facilidade de integração dos dados, armazenamento e personalização. 

Para quem busca atravessar a transformação digital ou adequar melhor uma ferramenta a sua rotina, entender as características dos diferentes tipos de prontuário eletrônico é uma tarefa necessária. Afinal, a tecnologia continua a avançar e a funcionalidade do prontuário acompanha essa evolução.

O prontuário do Amigo é uma solução segura e personalizável, que otimiza o atendimento médico em diversas especialidades, como oftalmologia, ortopedia, dermatologia, etc. Com tantos recursos, a ferramenta torna a rotina de médicos mais ágil e simples.

Agende uma demonstração gratuita de nossa solução e descubra como o Amigo pode reduzir custos e otimizar o tempo em sua rotina.

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Finanças

Aprenda como precificar serviços na área de saúde de maneira eficiente, equilibrando lucro e satisfação do paciente. Descubra os principais fatores que impactam a precificação e como uma gestão inteligente pode otimizar sua clínica ou consultório.

Precificar serviços na área de saúde é uma atividade que pode envolver diversos fatores e critérios, como custos fixos e variáveis, impostos, taxas de cartão, lucro, pró-labore, entre outros. É comum profissionais de saúde, pelo volume e complexidade de seus trabalhos, dedicarem pouco tempo para aperfeiçoar o modelo de gestão de seus negócios. Dominar a área de gestão é uma das melhores habilidades que um profissional de saúde pode ter, considerando que a estratégia de gerenciamento adotada e a definição precisa de preços são capazes de equilibrar uma boa margem de lucro com nível de satisfação elevado por parte do paciente.

Ao longo deste artigo você saberá como precificar bem serviços na área de saúde, de modo a garantir lucro adequado, sem abdicar da boa satisfação de seu paciente.

Fatores que impactam a precificação de um negócio na área de saúde

Antes de iniciar o processo de precificação de serviços oferecidos por clínicas e consultórios, é fundamental tomar conhecimento sobre características mais gerais do negócio, do mercado e da região.

Conheça o perfil de seus pacientes em potencial

Cada região traz características históricas e demográficas que devem ser levadas em consideração para entender a melhor estratégia de precificação em sua clínica ou consultório. De acordo com a área de atuação, pacientes podem estar dispostos a pagar mais ou menos por determinado tipo de procedimento, podem demandar serviços mais ou menos exclusivos.

Realize análises de mercado sempre que possível

É fundamental observar com determinada frequência o que está acontecendo no mercado em que sua clínica ou consultório atua. Desse modo, cabe aos gestores mensurar valores médios cobrados pela concorrência, tipo de serviços oferecidos, formas de pagamento, perfis de pacientes, estrutura oferecida, tendências do mercado e possibilidades de inovação tecnológica.

Controle os custos com infraestrutura e manutenção

Algumas perguntas relacionadas à operação da clínica ou consultório são indispensáveis para uma boa gestão, como: quanto é preciso investir em móveis, equipamentos e instrumentos utilizados nos procedimentos? Quanto é necessário para realizar a limpeza e manutenção de toda essa estrutura? Quais outros custos garantem o funcionamento do negócio, como energia elétrica, água e internet? Qual o custo com a folha de pagamento dos funcionários? Qual o custo tributário da operação do negócio?

Sem respostas objetivas sobre todos os custos básicos do negócio, é impossível estabelecer uma precificação saudável e adequada às suas características e necessidades, já que os custos precisam ser repassados, de algum modo, para os pacientes.

Mensurando e explorando o valor agregado pelos serviços médicos

Além dos custos para a realização dos procedimentos oferecidos por uma clínica, há outros aspectos simbólicos que devem ser observados ao longo do processo de precificação. Fatores como o tempo de atuação no segmento, experiência dos profissionais atuantes, imagem e reputação do negócio diante de seus clientes também agregam valor aos serviços prestados e podem ser incluídos nos preços aplicados.

Como montar a precificação adequada para sua clínica ou consultório?

O sucesso de uma clínica ou consultório médico depende de uma boa gestão, que, necessariamente, passa por uma estratégia de precificação adequada. Nesse sentido, observar características internas do negócio e externas, da concorrência, é uma tarefa indispensável para gestores, que deve acontecer de maneira recorrente e alinhada ao planejamento estratégico.

Para montagem de uma boa estratégia de precificação, é necessário compor uma simples equação que contém os seguintes elementos:

Custos Fixos: Despesas mensais ou anuais que não mudam com o número de atendimentos. Exemplo: aluguel, condomínio, CFM, IPTU, etc.

Custos Variáveis: Podem variar conforme o volume de atendimentos ou procedimentos, como insumos, medicações e medicamentos. Pela variação, o controle desse tipo de custo costuma ser bem mais difícil, já que exige um acompanhamento diário.

Impostos: É indispensável considerar os custos fiscais de cada procedimento.

Atendimento de retorno: Cada atendimento deve considerar o tempo de retorno e também insumos envolvidos no procedimento.

Lucro: É a receita que cabe ao negócio, seja como pró-labore ou investimento. É importante lembrar que o regime de Lucro Presumido é o mais utilizado por PJs na área médica. Tal enquadramento prevê lucro mínimo de 32%. Estando nessa modalidade, os negócios precisam aplicar 32% de margem de lucro, pelo menos.

O preço de um atendimento deve ser a soma dos custos fixos e variáveis, impostos, atendimento de retorno e a margem de lucro.

Atendimento = Custos fixos + Custos variáveis + Impostos + Atendimento de retorno + Margem de lucro

Conclusão

Para que a gestão da precificação de uma clínica ou consultório seja feita de forma organizada e integrada, é importante que o negócio conte com um sistema de gestão inteligente. O Amigo é uma ferramenta capaz de reunir as variadas informações, que podem estar espalhadas em setores diferentes (agendamento, atendimento, estoque, contabilidade, financeiro, etc.), cruzar dados automaticamente, e acessar relatórios que trazem uma visão completa do negócio, auxiliando na tomada de decisões estratégicas.

15
Aug
24
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Contabilidade

A equiparação hospitalar pode trazer redução significativa de impostos e uma série de melhorias relacionadas. Saiba o que é equiparação hospitalar, quais os requisitos necessários, benefícios e etapas para implementação.

Médicos gestores têm buscado cada vez mais se informar e aplicar a estratégia de equiparação hospitalar, devido em muito à alta complexidade do sistema tributário brasileiro. A abordagem permite não somente aliviar o impacto da carga tributária, como também elevar a eficiência contábil de uma clínica ou consultório.

O que é equiparação hospitalar?

Equiparação hospitalar é um instrumento legal utilizado para trazer vantagens financeiras significativas  para clínicas de diversos perfis e especialidades médicas. A estratégia tributária possibilita equiparar, em termos fiscais, clínicas e hospitais, no entendimento de que as clínicas executam determinados serviços semelhantes aos prestados por hospitais.

Clínicas que oferecem procedimentos mais complexos, como internação, exames de imagem, cuidados pós-operatórios intensivos, estrutura hospitalar, podem se beneficiar com esse mecanismo e gozar da redução de impostos. Para a realização desse processo, é preciso, não uma ação isolada, mas um conjunto de medidas visando reorganizar as finanças e a contabilidade da empresa.

Assim, para diminuir a carga de impostos, clínicas se apoiam na Lei n.º 9.249/2015, que realiza o cálculo dos hospitais de modo diferente, além da Instrução Normativa 1234/2012, que define os que são considerados serviços hospitalares para o governo federal. Estes se enquadram  nas atribuições 1 a 4 da Resolução RDC 50/2002, que objetivam controlar as atividades dos locais de saúde.

Quais os requisitos para ter reconhecida a equiparação

Para que a equiparação hospitalar seja reconhecida, é necessário que os gestores implementadores das medidas estejam cientes das condições específicas e garantam adequação às normas fiscais e regulatórias indispensáveis. Na sequência, serão apresentados alguns requisitos fundamentais para que o processo aconteça:

- Adequar-se a clínica ao regime tributário do Lucro Presumido
A clínica deve estar registrada no regime tributário do Lucro Presumido, modo que simplifica tributos ao presumir um lucro pré-estabelecido. Sem esse enquadramento não é possível realizar a equiparação hospitalar.

- Ser uma sociedade empresária
É preciso que a clínica, do ponto de vista empresarial, seja uma sociedade empresária com registro na Junta Comercial.

- Alinhar-se com as normas da ANVISA
A clínica deve atender integralmente às normas estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). É importante ressaltar que o alinhamento considera tanto padrões de qualidade e segurança, como boas práticas no ambiente onde acontece a prestação de serviços.

- Realizar procedimentos complexos
A equiparação hospitalar pode ser feita por clínicas de diversas áreas, desde que seja constatado que a clínica oferece procedimentos complexos, que demandam internação, centro cirúrgico e cuidados intensivos.

Na tentativa de amenizar o impacto da carga tributária, muitas clínicas buscam a equiparação sem a devida orientação técnica. É decisivo para o processo contar com consultoria especializada em negócios na área de saúde. A ajuda pode garantir a implementação das medidas com segurança fiscal, sem maiores prejuízos à rotina da empresa.

Quais os benefícios e economias da equiparação hospitalar para clínicas médicas?

Para as clínicas que conseguem realizar a equiparação hospitalar, os benefícios, principalmente fiscais, são bem expressivos e com um grande impacto para o sucesso dos negócios. Além disso, outros benefícios também podem ser observados, como a maior segurança jurídica e o ganho de competitividade.

- Redução significativa de impostos

Com a equiparação, há uma mudança considerável de encargos fiscais, principalmente em procedimentos complexos, como cirurgias ou exames de imagem.  Com a amortização, há maior margem de lucro para a empresa, que pode investir na capacitação de profissionais, em melhorias estruturais ou aquisição de novas tecnologias.

- Solidez e previsibilidade financeira

Reduzir impostos permite que a gestão dos recursos seja mais eficiente. Com isso, pode haver maior previsibilidade no orçamento da empresa, o que permite planejar a longo prazo de modo estratégico. A economia nos tributos torna mais sólida a gestão financeira da clínica, diminuindo impactos com as variações econômicas que podem acontecer.

- Aumento de competitividade

A partir do momento em que clínicas se equiparam aos hospitais em termos de serviços, naturalmente, são capazes de atrair mais pacientes. Essa capacidade de atração representa um estímulo para que a empresa fortaleça seu posicionamento no segmento em que atua, se tornando uma marca cada vez mais forte.

Conclusão

Com uma carga tributária complexa, a tarefa de realizar uma gestão tributária se torna ainda mais difícil no Brasil, especialmente para clínicas médicas. Uma maneira eficiente de simplificar e amortizar impostos é buscar a equiparação hospitalar.

Para tanto, é fundamental contar com o suporte de profissionais da área jurídica e especialistas em contabilidade médica, já que um profissional generalista pode não conhecer profundamente detalhes operacionais e fiscais dos serviços de saúde, podendo colocar em risco o procedimento, que leva alguns meses para ser concretizado.

Na equiparação hospitalar, não há um limite pré-estabelecido para a redução de impostos. O tamanho dela está diretamente relacionado à elegibilidade da clínica e ao volume de procedimentos ofertados. Isso reforça a importância da consultoria de profissionais especializados, que podem incluir o máximo de critérios de elegibilidade, além de garantir solidez para que o acompanhamento seja contínuo.

Uma condição básica para quem busca a equiparação hospitalar é entender a situação fiscal em que a clínica se encontra. O Amigo oferece um diagnóstico tributário totalmente exclusivo e gratuito. A ferramenta, que utiliza consultores com experiência em contabilidade médica, é o primeiro passo para conquistar um alinhamento fiscal que possibilite a equiparação. Solicite um diagnóstico tributário e transforme a situação fiscal de sua clínica para melhor.

17
Jul
24
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Contabilidade

Saiba quais as principais características e desafios relacionados à gestão tributária das clínicas médicas no Brasil.

A complexidade da gestão de um negócio na área de saúde somada à complexidade tributária do Brasil proporciona uma experiência cada vez mais difícil para médicos e gestores de clínicas e consultórios. Manter as finanças organizadas, planejar todas as operações diárias da clínica, atrair e fidelizar clientes têm sido um trabalho multifacetado e atravessado por desafios que exigem ações estratégicas e auxílio de ferramentas para otimizar a rotina.

Principais dificuldades financeiras enfrentadas por clínicas brasileiras

O segmento de clínicas médicas está em constante crescimento no Brasil, muito pelo fato de a saúde ser um bem de primeira necessidade, mas principalmente por demandas cada vez mais variadas de procedimentos, que acompanham a evolução das tecnologias e das formas de atendimento. Atualmente, são 291.362 clínicas privadas registradas nos seguintes CNAEs (Classificação Nacional de Atividades Econômicas):

8630-5/01: Atividade Ambulatorial com recursos para realização de procedimentos cirúrgicos;

8630-5/01: Atividade médica ambulatorial com recursos para a realização de exames complementares;

8630-5/01: Atividade médica ambulatorial restrita a consultas como atividade principal.

A partir de tais classificações, é importante destacar que a atividade está presente em 100% dos municípios brasileiros. São Paulo é o estado que mais possui clínicas (80.255), seguido por Minas Gerais (30.412) e Rio de Janeiro (26.979). As microempresas dominam o espectro de clínicas brasileiras, sendo 64,09% do total, enquanto empresas de pequeno porte representam 17,06% e médias e grandes empresas somam 16,8%. 

A taxa de mortalidade das clínicas é de 12,36% ao ano. Apesar do grande volume de empreendimentos, o setor não pode ser considerado estabelecido, já que a maturidade, índice que considera empresas estabelecidas com 3,5 anos ou mais, é de 58,99%, o que corresponde a 154.741 clínicas. Já 37% das clínicas (105.870) possuem entre 1 e 3 anos, e outros 3,1% (8790) são empresas nascentes, com menos de 1 ano de atividade.

Segundo o Relatório Focus, a recuperação gradual da economia brasileira traz impactos positivos para o setor de saúde privado. Clínicas se valem das demandas cada vez mais específicas e são impulsionadas pelo envelhecimento da população e crescimento da classe média. Apesar disso, encontram um sistema tributário complexo e pesado para os serviços na área de saúde.

Alguns fatores se destacam como desafios comuns para a gestão financeira de clínicas médicas, impactando sua operação e sustentabilidade:

Custos operacionais elevados: o funcionamento de uma clínica passa pelo pagamento de salários e benefícios de profissionais especializados (médicos, enfermeiros, administradores). Além disso, há custos com equipamentos médicos, que normalmente são caros e que devem passar por manutenções periódicas ou substituição quando acontecem inovações na área.

Tributação e Burocracia

O sistema tributário brasileiro passou por reforma importante recentemente, mas ainda é bastante complexo e pode ser cruel para muitas clínicas. Impostos como o ISS (Imposto sobre Serviços), ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e PIS/COFINS (Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público) tornam elevada a carga tributária, fazendo com que muitas empresas atravessem problemas fiscais. Além da tributação, há esforços de tempo e recursos para atendimento às regulamentações sanitárias e todas as exigências legais referentes ao segmento.

Gestão financeira

Muitas clínicas brasileiras não realizam planejamento financeiro e orçamentário adequado ao negócio. Não ter um controle dos fluxos de caixa ou usar recursos de forma não estratégica pode trazer problemas de faturamento para a clínica. Outro ponto que merece atenção é a inadimplência, tanto por parte dos pacientes, quanto por dificuldades no faturamento de serviços prestados por meio de convênios e seguradoras.

Investimentos e crédito

Taxas de juros elevadas e a exigência de garantias podem representar um obstáculo para que clínicas consigam recursos para investimentos, o que contribui para a expansão ou melhoria do negócio.

Concorrência

O volume de clínicas, sobretudo privadas, demanda investimentos contínuos em marketing para atrair e fidelizar clientes, além de custos para a garantia da qualidade ao longo de toda a jornada do paciente. Um dos grandes desafios nesse sentido é conseguir equilibrar a qualidade do atendimento com a eficiência operacional. Só dessa forma o negócio se torna viável e sustentável.

Carga tributária aplicada a serviços de saúde

Clínicas médicas podem se enquadrar em três regimes tributários distintos: o Simples Nacional, o Lucro Real e o Lucro Presumido. A carga tributária pode variar de 6% a 30,5%. Quando o faturamento é abaixo de R$4,8 milhões, as clínicas podem utilizar o Simples Nacional, que faz a arrecadação através do DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), com recursos distribuídos para União, Estados e Municípios. A carga tributária está normalmente entre 14% e 15%.

No regime de Lucro Presumido, empresas médicas têm carga tributária variando entre 13,33% e 16,33%, com faturamento anual de até R$78 milhões. Neste regime, o recolhimento utiliza várias guias, incluindo PIS, COFINS, CSLL, IRPJ, destinados à União, e ISS, que varia conforme o município onde acontece a prestação de serviços. 

O Lucro real, obrigatório para empresas que faturam anualmente mais de R$78 milhões, promove o cálculo de tributos por confronto, incidindo o IRPJ e CSLL sobre o lucro líquido. No regime, cada imposto se utiliza de uma guia específica e é fundamental atentar para obrigações acessórias, como Sped Contábil, LALUR, Inventário e ECF.

Segundo a Lei 9249/1995, clínicas que optam pelo regime do Lucro Presumido ficam sujeitas à tributação do Imposto de Renda (IFPJ) e da Contribuição Social (CSLL), com base de cálculo de 32% sobre a receita bruta do trimestre. É desconhecido por muitos gestores que estabelecimentos com esse perfil podem se enquadrar em atividades equiparadas aos hospitais, considerando as práticas relacionadas à saúde. Com isso, há uma oportunidade de redução de impostos na clínica ou consultório. A alíquota do IRPJ cai de 32% para 8%, já a da CSLL cai de 32% para 12%, representando uma grande economia para o negócio.

Para a realizar a equiparação hospitalar, é indispensável que as clínicas médicas contem com o suporte de especialistas na área de contabilidade médica. Por ser uma operação burocrática, com detalhes técnicos determinantes para o seu sucesso, o conhecimento mais aprofundado faz toda a diferença.

Outra condição essencial para quem busca a equiparação hospitalar é entender a situação fiscal em que a clínica se encontra. O Amigo oferece um diagnóstico tributário totalmente personalizado e gratuito. A ferramenta, que utiliza consultores com experiência em contabilidade médica, é o primeiro passo para conquistar um alinhamento fiscal que possibilite a equiparação. Solicite um diagnóstico tributário e transforme a situação fiscal de sua clínica para melhor.

21
Jun
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