Inteligência artificial na saúde: transformando o futuro
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19 May
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Atualizado em
19 May
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8 min de leitura
Introdução
O setor médico enfrenta desafios crescentes com o aumento da demanda por atendimento de qualidade, escassez de profissionais e a necessidade de diagnósticos mais precisos. Estes problemas têm incentivado a busca por soluções tecnológicas que possam aprimorar processos e resultados médicos, beneficiando tanto pacientes quanto profissionais. Uma delas é justamente a inteligência artificial na saúde.
Ela oferece ferramentas que auxiliam desde o diagnóstico precoce até a personalização de tratamentos. Assim, promove uma verdadeira revolução na forma como a medicina é praticada, aumentando a eficiência dos sistemas de saúde e salvando vidas.
Com algoritmos cada vez mais sofisticados e o crescente volume de dados médicos disponíveis, a IA está sendo implementada em diversos contextos clínicos, demonstrando resultados impressionantes. Conheça aplicações e exemplos práticos dessa revolução!
Qual é o impacto da inteligência artificial na saúde?
A aplicação da inteligência artificial na saúde tem demonstrado notável capacidade para identificar padrões e anomalias em exames médicos. Os algoritmos de aprendizado de máquina podem analisar imagens médicas e detectar sinais sutis de doenças que poderiam passar despercebidos, permitindo intervenções mais rápidas e eficazes.
Um exemplo impressionante é o sistema de IA desenvolvido pelo Google Health, que conseguiu detectar câncer de mama em mamografias com maior precisão que os radiologistas. Em um estudo publicado na revista Nature, o algoritmo reduziu falsos positivos em 5,7% e falsos negativos em 9,4% nos EUA, demonstrando como essa tecnologia pode salvar vidas através da detecção precoce.
Além disso, a tecnologia impulsiona a medicina de precisão, permitindo que tratamentos sejam personalizados conforme o perfil genético, estilo de vida e histórico médico de cada paciente. Isso representa uma mudança de paradigma no tratamento de doenças complexas como o câncer e doenças crônicas.
Aplicações práticas da inteligência artificial na saúde
Atualmente, é possível encontrar diferentes aplicações práticas da IA na área da saúde, as quais evidenciam a importância desse avanço tecnológico e dão vislumbres sobre o potencial que ela ainda tem nesse nicho. Veja as principais delas!
Sistemas de apoio à decisão clínica
A presença da inteligência artificial na saúde se mostra valiosa para auxiliar médicos na tomada de decisões clínicas, fornecendo impressões baseadas em análises de grandes volumes de dados. Esses sistemas podem sugerir diagnósticos, alertar sobre possíveis interações medicamentosas e recomendar protocolos de tratamento baseados nas melhores práticas.
Por exemplo, o IBM Watson for Oncology analisa informações de milhões de páginas de literatura médica e milhares de casos para auxiliar oncologistas em decisões de tratamento. Em um estudo no Manipal Comprehensive Cancer Center na Índia, o sistema apresentou concordância de 93% com as recomendações de especialistas para tratamento de câncer de cólon.
Monitoramento remoto de pacientes
A combinação de inteligência artificial na saúde com dispositivos de IoT (Internet das Coisas) auxilia no monitoramento de pacientes fora do ambiente hospitalar. Para isso, sensores inteligentes coletam dados vitais continuamente, enquanto algoritmos de IA analisam esses dados para detectar anomalias e prever potenciais complicações.
A empresa Current Health, por exemplo, desenvolveu um sistema de monitoramento remoto baseado em IA usado durante a pandemia de COVID-19 pelo NHS (National Health Service) do Reino Unido. Esse sistema permitiu que pacientes de alto risco fossem monitorados em casa, com alerta em tempo real para os profissionais de saúde quando havia deterioração nas condições.
Conforme um estudo do Imperial College London, esta abordagem reduziu readmissões hospitalares em 22% e aumentou a satisfação dos pacientes.
Descoberta e desenvolvimento de medicamentos
O processo de descoberta e desenvolvimento de novos medicamentos também é beneficiado pelo uso da inteligência artificial na saúde. Tradicionalmente, ele leva mais de 10 anos e custa bilhões de dólares, mas a IA tem o potencial de reduzir esse tempo e custo.
Um exemplo é o AlphaFold, sistema de IA desenvolvido pela DeepMind (Google), que conseguiu prever com precisão sem precedentes a estrutura tridimensional de proteínas, um problema que desafiou cientistas por décadas.
Em 2021, o sistema liberou as estruturas previstas de quase todas as proteínas conhecidas (mais de 200 milhões), criando uma biblioteca que facilita a pesquisa biomédica
Procedimentos cirúrgicos
A convergência da IA com a robótica avançada está transformando procedimentos cirúrgicos, permitindo maior precisão, menor invasão e resultados mais consistentes.
O sistema Da Vinci Xi da Intuitive Surgical, agora equipado com recursos de IA, tem demonstrado resultados impressionantes. Um estudo do Johns Hopkins Medicine mostrou que, em cirurgias colorretais, o uso desse sistema reduziu complicações pós-operatórias em 52% e diminuiu o tempo de internação hospitalar em 1,7 dias em comparação com cirurgias tradicionais.
Assistentes virtuais de saúde e telemedicina
A inteligência artificial ainda potencializa os assistentes virtuais que podem realizar triagem inicial de pacientes, monitorar condições crônicas e fornecer orientações básicas de saúde. Estes sistemas estão se tornando cada vez mais sofisticados e capazes de compreender nuances da comunicação humana.
Neste contexto, um exemplo é a Providence Health & Services, que implementou um chatbot de IA chamado Grace, ajudando a gerenciar o influxo de consultas durante a pandemia de COVID-19. Ele interagiu com mais de 40 mil pacientes, realizando triagem inicial e direcionando apenas os casos necessários para consultas médicas presenciais ou virtuais.
Segundo um relatório da NEJM Catalyst, o sistema reduziu o volume de chamadas para centros de atendimento em 30% e ajudou a identificar pacientes que precisavam de atenção imediata, demonstrando como a IA pode melhorar o acesso aos cuidados de saúde e otimizar recursos médicos.
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Inteligência artificial na saúde: conclusão
A inteligência artificial na saúde representa uma das maiores revoluções tecnológicas da medicina moderna, oferecendo soluções para problemas complexos que desafiam profissionais e sistemas de saúde há décadas.
Com aplicações que vão desde diagnósticos precoces até desenvolvimento de medicamentos, esta tecnologia está salvando vidas diariamente. À medida que ela continua evoluindo, podemos esperar uma medicina mais precisa, acessível e personalizada.
Lembre-se: a inteligência artificial não substituirá médicos, mas transformará radicalmente como eles trabalham, permitindo que foquem no aspecto mais humano e insubstituível do cuidado, que é a empatia com o paciente.
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A pesquisa envolveu quase 2000 funcionários das empresas do Grupo Techint, com o objetivo de verificar a efetividade da imunização e, portanto, a segurança após a vacinação contra a Covid-19.
Foram publicados no Frontiers in Immunology os resultados do estudo realizado simultaneamente em 4 países, Argentina, Brasil, Itália e México, para avaliar a eficácia das vacinas aprovadas e estimar a duração dos níveis de anticorpos no sangue. A pesquisa envolveu quase 2000 funcionários das empresas do Grupo Techint, com o objetivo de verificar a efetividade da imunização e, portanto, a segurança após a vacinação contra a Covid-19.
A peculiaridade do estudo é que foi possível comparar os dados internacionais graças a um protocolo clínico uniforme, com o mesmo momento de aquisição das amostras de sangue e um único teste de diagnóstico para todos os 7 tipos de vacinas utilizadas nos diversos países: mRna, DNA, vetor viral e vacinas à base de vírus inativos, em dose única e bidose.
O estudo foi coordenado pelo Humanitas com o Hospital Clínica Nova de Monterrey, no México, e a rede hospitalar da Fundação São Francisco Xavier, no Brasil.
O resultado é uma amostra capaz de comparar diferentes vacinas e a resposta que elas conseguiram ativar diante do desenvolvimento de qualquer evento adverso, antes da chegada da variante Ômicron de Sars-CoV-2 (a administração da dose de reforço está fora do escopo do estudo).
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Explica a professora Maria Rescigno, docente de patologia geral e vice-reitora responsável por pesquisa na Universidade Humanitas, que coordenou o trabalho no qual também participou Elena Azzolini, responsável pelo Centro de Vacinação Humanitas
Os dados coletados também incluíram os eventos adversos relacionados à capacidade das vacinas de induzir uma resposta de anticorpos. Verificou-se que quanto maior a resposta de anticorpos, como nas vacinas Moderna e Pfizer-BioNTech, mais efeitos colaterais foram registrados, principalmente febre, dor no braço, dor de cabeça e fadiga. Coronavac e Sputnik, por outro lado, são caracterizadas por terem poucos efeitos colaterais.
“Este é realmente um grande esforço coordenado de equipe. O estudo nos permite comparar as respostas imunes às várias vacinas ao redor do mundo. Esse tipo de conhecimento é fundamental para informar as pessoas sobre a eficácia comparativa das vacinas e ajuda a desenhar estudos que definirão os melhores calendários vacinais que permanecerão no futuro", explica Mauro Teixeira, professor de imunologia da Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil.
“Este é um extraordinário trabalho de pesquisa, no qual tivemos a oportunidade de avaliar e comparar as respostas imunes das vacinas mais importantes e de maior circulação a nível mundial, obtendo informação sólida e consistente enquanto à segurança e à efetividade contra o SARS-CoV-2. Além disso, este é o primeiro estudo que publicamos em colaboração com as instituições sanitárias do Grupo Techint e estamos muito contentes com os resultados” diz Miguel Sanz, médico diretor do Hospital Clínica Nova, no México.
O estudo: um método padronizado para obter dados comparáveis
O protocolo do estudo, que ainda está em andamento, prevê 5 amostras de sangue para cada pessoa de acordo com um cronograma preciso: imediatamente antes da primeira dose e da segunda dose, 21 dias após a segunda dose, 6 meses após a segunda dose e 12 meses após a segunda dose.
Os investigadores dos 4 países utilizaram o mesmo tipo de teste, particularmente sensível, e com um range de avaliação muito amplo, capaz de “não achatar” os dados relativos a limiares elevados de anticorpos no sangue, de modo a poder também comparar respostas com amplitudes diferentes.
Uma colaboração de longa data
O grupo Techint, um conglomerado industrial de empresas com mais de 75 mil funcionários em todo o mundo, participou de um projeto de pesquisa científica em parceria com a Humanitas — um hospital altamente especializado e um centro de pesquisa e ensino internacionalmente reconhecido. A parceria contribuiu para o setor de pesquisas médicas e ofereceu resultados concretos às comunidades onde as empresas do grupo estão presentes sobre a eficácia das vacinas contra a Covid-19.
Como parte do grupo Techint, Humanitas também forneceu orientações médicas precisas sobre a doença e sobre as vacinas disponíveis durante a pandemia de Covid-19, além de compartilhar sua experiência por meio de guias de prevenção e iniciativas relacionadas à saúde e bem-estar voltadas para os funcionários do grupo.
Nos últimos 50 anos, o número de médicos no Brasil cresceu quase quatro vezes mais que o da população. Hoje em dia, a perspectiva é que esse crescimento aumente. Isso significa que, para se destacar da concorrência, os profissionais médicos precisam explorar novas estratégias.
Nos últimos 50 anos, o número de médicos no Brasil cresceu quase quatro vezes mais que o da população. Hoje em dia, a perspectiva é que esse crescimento aumente. Isso significa que, para se destacar da concorrência, os profissionais médicos precisam explorar novas estratégias.
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